Estar dentro
E agora, fatigado
feito em delícias do viscoso
músculos tensos do ir e vir por fim ido
aceito por um convite estranho…malfazejo
não compreender faz parte do plano
enfim dentro, tudo muda!
Alva brancura atmosférica & materialide
esculpida com formões para/em temas familiares
te vejo coroada, entronada em almofadas
seu sorriso me agrada, mas seus olhos…
sem corpo
os evito como o semblante do maléfico
Estou Dentro! Dentro!…penso
Nas coxas entesourando a jóia máxima
que guardastes, eternamente[?]…pra mim!
coxas de tesoura que abrem, cortam no inverso
eu mutilado, sorvido em pedaços ainda dignados
enfim dentro…
coxas de tesoura que fecham, formam o recomposto
teso e duro no pleno vigor da veloz pressa
ouço o estrondo de ossos e craquelar de partilhas
olhos sem corpo
semblante do maléfico…
Renan Rodrigues
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